24/11/2012

Preferia...

Algumas pessoas, preferia nunca ter conhecido, porque depois de feito, nunca mais fui a mesma. Uma parte de mim é delas. E, mesmo que elas tenham ido embora, elas levaram de mim algo muito importante: elas.

14/11/2012

Seattle

Se você já viajou para algum lugar e teve a sensação de que pertencia à ele, você entende como me sinto em relação à Seattle. Todas as vezes que olho uma imagem da cidade, a angustia é tão grande que meus olhos marejam. Lembrar como fui feliz em um lugar tão distante, como conheci pessoas maravilhosas e tive minha primeira oportunidade de decidir o que eu queria fazer, pois fui sozinha. Não, jamais direi que fui independente, o dinheiro não era meu. Mas as experiências, essas são todas minhas. E, quando eu penso em Seattle, são os momentos que vivi lá que me fazem sentir feliz e triste ao mesmo tempo. Feliz por ter estado lá e vivido um pouco daquilo tudo. Triste por não ter previsão de retorno, por saber que, mesmo que eu volte algum dia, não vai ser do mesmo jeito. É o tipo de sentimento nostálgico, mas que de tão belo, você não repetiria por medo de estragar alguma coisa. A verdade é que eu sempre vou amar aquela cidade, amar de verdade. E, sempre que eu olhar um foto dela, vou sentir que uma parte de mim pertence à ela. Uma parte que eu nunca vou recuperar.

25/10/2012

(Re)Escrever

Escrever é reinventar. Escrever é re. É reviver. É recordar. É redescobrir. É redigir. É rever. Escrever é ir além. É riscar, é enlouquecer, é duvidar, é amar. Um bom texto exige loucura. Loucura é arriscar. Arriscar é reescrever. Reescrever é tentar. Para ser um bom redator, não basta dominar a gramática. Nem ler grandes nomes da literatura. Para ser redator, precisa ser um pouco doido. E não ter medo de se jogar.

21/10/2012


Um filme para você sair apaixonada da sala de cinema.
Recomendo: As Vantagens de Ser Invisível

20/10/2012

Aqueles instantes.


Todas as vezes em que nossos olhos se cruzam, lembro de quando te vi pela primeira vez. Simpático, sorridente, fomos apresentados. Desculpe-me, mas não gravei teu nome. O mesmo não aconteceu com teu rosto, que ficou marcado na minha memória. Teu olhar, teus gestos, fico encantada com teu jeito. Sou feliz e triste ao mesmo tempo. Feliz por saber da sua existência e triste por não poder observá-lo por mais alguns minutos. De qualquer forma, meu consolo é saber que toda vez que falar contigo, sempre que te ver, vou lembrar daqueles instantes e vou rir sozinha por ter pensado em como tu me agradava aos olhos - ainda o faz.

28/09/2012

Como é fácil te amar.

Os que vivem
Em meio ao caos
Dos Sentimentos,
A paixão,
Pouco entendem
Como é difícil
Demonstrar
Sem compreensão.
Um frase,
Escrita ou dita,
Pouco importa,
Não reparastes...
O que queria,
De fato, era
Que me ouvistes
E me amastes.
Tua desatenção
Gerou incertezas
E creio que não haja
O que possa ser dito
Para reparar
Todos os momentos
Tudo aquilo
O que foi sentido.
Seria bom
Se pudesse ouvir
Da tua boca
Que quer se redimir
Pelo tempo desperdiçado,
O silêncio que desagrado,
Um dizer indelicado,
O carinho desprezado.
É de contos
De histórias,
É de sonhos
Que vou vivendo.
Só queria poder contar
Quantas chances
Deixei passar
E perdi de te falar
Como é fácil te amar.

18/09/2012

The last one...

Ela não tinha muito mais o que falar. Queria só se livrar do que tanto a atormentava. Resolveu escrever uma carta. Algo como:

"Quando eu disse que não queria perder tua amizade, mal sabia eu que já não a tinha mais.
Quando disse que confiavas em mim, já não havia veracidades nas tuas palavras.
No nosso pacto, quando dissemos que tudo ia ser igual, nossos olhos já demonstravam o contrário. Desde aquele dia, se encontram com pesar.
Lamento, mas está em mim esta mania de sorrir e não tenho mais tempo, nem lágrimas, para chorar.
Ao menos, sei que tentei."

Ela enviou a carta no mesmo dia. Nunca obteve resposta. Não sabe se foi demais para ele ou se a carta foi extraviada. De qualquer forma, ela aprendeu a sorrir novamente. É como andar de bicicleta, a gente nunca esquece. 

12/09/2012

Já não há mais espaço para mim na sua vida.

Já não há mais espaço para mim na sua vida. Só por pura contradição, por mania, vou usar o talvez. Talvez, não haja mais espaço para você na minha vida. Apesar de lutar contra esse pensamento, talvez seja hora. Hora de dizer adeus e pegar a estrada. Sabe? Seguir em frente. Foi muito bom conhecer você, mas a estrada me chama. Tem tanto para ver, para conhecer. Não posso me dar ao luxo de ficar por mais tempo. Um beijo de despedida e um abraço. Espero ter feito você feliz no pouco tempo que tivemos. Olha! Ao longe, vem o trem. Dizem que quem embarca jamais volta, pois ele tem somente um rumo: o fim.

01/09/2012

Tem dias que a lua não está para os solteiros...

Já era noite quando ela resolveu olhar para o céu. Tinha sido um dia um tanto quanto agitado para um Sábado. Entre almoço em família, treino e filme com os amigos. Quando conseguiu descansar, deitou-se na rede e foi então que a viu. Ela estava lá, brilhante como sempre, mas dessa vez cheia. Cheia de vida, cheia de brilho, cheia de esperança. Pensou em como gostaria de dividir aquele momento, mas não pensou em alguém em especial. Ela queria um colo para aninhar-se, uma mão para segurar. A lua ainda estava lá. E, por um instante, pensou em como ela era solitária. Talvez não, talvez o sol a fizesse companhia. Eram tão distantes, não parecia possível. Voltou a pensar em si. Ali, sozinha. Elas eram cúmplices. O gato pulou para a rede e se aninhou na barriga dela. Não era o que queria, mas já era alguma coisa. Com a lua e o gato, sentiu-se menos solitária. Fechou os olhos e adormeceu. Naquela noite, sob a luz da lua, sonhou que havia encontrado aquele alguém antes mencionado. Alguém que ficou com ela até o sol nascer e ela despertar. 

27/08/2012

Já não adianta...

Já não adianta dizer que sinto sua falta. Afinal, hoje, nem lembrança sou.
Era ouvidos,
Era segredos,
Segurança.
Hoje, nada sou.
Não sou olhos,
Não sou boca,
Me calo em meio a multidões.

23/08/2012

Reações

Gosto das reações mais singelas: aquele sorriso ao lembrar de alguém, as lágrimas choradas ao assistir a um filme, o suspiro dos apaixonados. São elas que realmente contam, por serem totalmente espontâneas. Apesar das gargalhadas soarem tão bem, o que importa é o sorriso que fica depois do momento de euforia. Se todos percebessem a importância das pequenas reações. O roçar de peles, a vontade de tocar, os olhos que, perdidos, ficam em dúvida entre lábios e olhos. Aquele olhar de canto que só os mais atentos entendem, geralmente, os melhor amigos. As mãos que suam frio, a perna que treme, as unhas roídas. Os olhos fechados, o aperto do abraço, a calma. São elas que nos definem, são elas as menosprezadas. Voto em prol das pequenas reações. É delas que sentimos falta no final do dia deitados em nossas camas, e não da parte material. Pouco importa se foi por computador, por celular ou por correspondência, o que importa é a mensagem, as palavras ditas, o que você sentiu ao ser surpreendido. 

22/08/2012

Libertè

A temperatura está perfeita. O sol brilha lá fora. E nós aqui dentro. Estamos trancados. Estancados. Eles dizem "viva a liberdade". Qual liberdade? Não podemos falar o que pensamos, somos julgados pelo que vestimos, classificados pelas nossas qualidades e defeitos. Nos amam e nos odeiam sem nem nos conhecer. Presos entre quatro paredes transparentes, como vidro. Expostos como quadros, mas sem conteúdo.

18/08/2012

A lista

Ela escrevia a lista de convidados para seu aniversário. Colocou o nome de Maria, de Antônia e de Gabriela. Lembrou-se dos colegas. Repassou um por um em sua mente. De vinte, escreveu três. Voltou a pensar nos amigos próximos. Abriu sua página na rede social e procurou, nas mensagens, os destinatários Os primeiros que apareceram já estavam na lista. Depois deles, uma série de conversas aleatórias com pessoas que nem lembrava quem eram. Chegou às conversas mais antigas. Lendo os nomes, não conseguia acreditar que havia esquecidos deles. Pegou a caneta, mas não a encostou no papel. Recordou que se tratavam de amizades já desfeitas. Não sabia, dessas pessoas, mais nada senão o nome. Onde estavam? Que faziam? Quem, afinal, eram elas? De confidentes à estranhos. Lágrimas rolaram rosto abaixo. Lembrou-se dos bons momentos que passaram juntos, dos segredos, dos risos. Queria ter tido mais tempo com eles. Queria abrir a janela do chat e falar um "Quanto tempo!?", mas eles tampouco a procuraram e isso a incomodava. Sabia que, no fundo, não fizeram por mal. As pessoas se afastam, os interesses mudam. Só que isso não diminui a dor da perda. Foi então que se deu conta: mais difícil que fazer um amigo, é mantê-lo. O mundo está cheio de pessoas dispostas a conhecer outras pessoas. No entanto, nem todos deixam marcas. Tanto fazia para ela se eles ainda sabiam seu nome. Por outro lado, eles sempre ocupariam um espaço no seu coração. A lista? Jogou fora. Decidiu que mandaria um e-mail para todos os seus contatos, os interessados que aparecessem, mas tinha certeza de alguns nomes que confirmariam presença. 

As flores

Flor florida floreira floreiros floreios floreados sob o sol quente de um mês conhecido pelo desgosto, Agosto, que surpreendeu a todos com tanta beleza e encanto, as flores.

14/08/2012

Lições?

Deixe-me contar uma história para vocês. Por forças maiores, me inscrevi na auto-escola. Das seis e meia da tarde (noite, afinal ainda estamos no inverno) às dez, doze dias, estamos falando das aulas teóricas. As aulas começavam em uma quarta. Todos distantes, aparentemente dormindo, cada um com seus próprios problemas. Pouco importava quem era o colega que sentava ao lado. Assim foi até sexta, que contou com aproximadamente dez alunos de trinta. Segunda todos voltaram com gás, comentário aqui, comentário ali, risos. No intervalo, poucos ousavam trocar alguma palavra, aquele medo do desconhecido. A semana foi passando, a quantidade de comentários foi aumentando e, proporcionalmente, os risos. Foi então que aconteceu. Devo isso ao Bib's, obrigada. A conversa, de início, era espaça, com longos períodos de silêncio. Aos poucos, a quantidade de assunto aumentou. Hoje, onze dias depois do primeiro, lamento que vá acabar amanhã. Não tanto pelo conteúdo das aulas, mas pelas pessoas que conheci. Talvez os laços não perdurem, mas espero, de coração, que sim. Se não, ao menos terei ótimas lembranças do que poderia ter sido um martírio (para todos nós, acredito). Miss simpatia, Cláudia, Monitor da turma da soneca e a Guria do cobertor. Apelidos que ficaram gravados para sempre. Se, por ventura, eu esquecer, vou poder recordar ao olhar esse post, que dedico a nós e a todos os outros colegas. Ah! Se beber, não dirija. E, se não tiver carteira, evite a blitz (hahaha). - R.

10/07/2012

Uma Grande Fotografia

O mágico em uma boa fotografia é o quão longe ela te faz ir. Mauricio Lima retratou nessa foto o propietário de um edifício em Sirte que parou para observar os escombros que restaram depois do prédio ser destruído e saqueado em uma batalha. No entanto, ao observar essa foto, fui tomada por uma tristeza imensurável. Pensei em quão doloroso foi para esse homem, de idade já avançada, ter de lidar com o fato de que perdera parte de sua propriedade. Questionei o que poderia estar pensando esse mesmo homem e o que aconteceu com ele em seguida: teria ele chorado ou erguido a cabeça e seguido em frente? Os dois, talvez. Prefiro acreditar que ele foi forte o suficiente para resistir e seguir com sua vida, que abriu um negócio e se estabeleceu. A verdade: nunca vou saber o que aconteceu a esse homem, mas essa fotografia me fez cogitar e refletir a respeito da mesma. Para mim, isso só as boas fotos fazem e são essas que traduzem o meu amor por essa magnífica forma de retratar o mundo em que vivemos sobre diferentes perspectivas.

09/07/2012

Simplesmente, não importa.

Tem pessoas que não fazem a mínima ideia de como o sorriso delas influencia no seu dia, porque saber que ela está feliz, te faz sentir assim também.

02/07/2012

Cliché...


Na vida, tudo é 50%. Teoria antiga, mas ainda aplicável. Funciona assim: você tem 50% de chance de conseguir o que quer e 50% de não conseguir. Se não arriscar, fica sem saber se podia dar certo, logo continua com 50%, porém é uma porcentagem inútil. Se desistir, são 50% jogados fora. Se resolver arriscar, duas coisas podem acontecer: você conseguir o que quer ou receber um não e seguir adiante, mas sabendo que tentou. A moral é arriscar sempre que puder. Claro que nem tudo pode ser arriscado, mas tem coisas pela qual você deve ir atrás. É melhor viver e ter histórias para contar, do que admitir que viveu com medo demais para lutar pelo que se quis. 

06/06/2012

Uma xícara de chá verde com uma colherada de tristeza, por favor.

Um amigo comentou comigo que, ao chegar ao fim do seu chá, sentia gosto de sabão. Também disse que isso era um pouco ruim e que o deixava triste. Perguntei de qual chá falávamos. Ele respondeu, prontamente, que tratava-se de chá verde. Pensei, por alguns segundos, e concluí que podia ser uma xícara ou caneca mal lavada. Compartilhei com ele minha opinião. Mas, para a minha surpresa, eis que ele me diz: "Pior que não é. É sempre o último gole".

"É sempre o último gole".

Essas palavras despertaram em mim um sentimento. O mesmo que sinto aos domingos: sei que é o último dia do fim de semana, mas mesmo assim eu procuro fazer dele o melhor dia possível, porque eu amo finais de semana, porque eu amo me sentir livre. E, mesmo sendo domingo, é assim que me sinto. O mesmo ocorre com as viagens. O gosto amargo da despedida, não me faz desistir de viajar. Amo conhecer lugares novos, pessoas novas, mesmo sabendo que, em algum momento, terei que dizer adeus.

Engraçado o modo como agimos. Esse meu amigo sabe que vai sentir-se triste quando estiver terminando seu chá, mesmo assim, continua bebendo. O sabor desse e os prazeres que ele proporciona são superiores à tristeza que sente. O gosto ruim que sente é a mais pura nostalgia.

04/06/2012

A garota...

         A dor que sentia já não era agonizante. Aprendera a viver com ela. Os dias passavam, algo a incomodava. Mas não era dor, nem raiva. Apenas, distanciamento. Cada vez, achava-se mais longe. Queria retornar para aquele dia em que tudo era tão caloroso e aconchegante. Sentia falta dos sorrisos e dos gestos, dos olhares e palavras. Queria e precisava de amor e nada que dissessem a ela iria mudar isso.
         Durante 80 anos, buscou por ele. A esperança já havia se esgotado, abandonou-a. Sem felicidade, sem raiva, sem companheirismo. A única que não a largava era a solidão, mas, apesar dessa ser sua fiel companheira, ela já estava a ponto de procurar a morte.
         Foi então que encontrou o amor. Ele estava cansado, todos o queriam. A felicidade não o largava. A garota estranhou: “Como alguém pode cansar de ser feliz?”. Ele respondeu que não era da felicidade que estava cansado, mas de apaixonar-se sempre, a todo instante. Tão inconstante. Ela o apresentou a solidão.
         Por incrível que pareça, continuou sozinha. Quem encontrou o amor foi sua companheira. A garota entendeu que ela era a persistência, a teimosia e a coragem em uma só. Era três. Era o amor a seu próprio modo. Reparou que 80 anos haviam passado para que ela entendesse que o amor está em tudo. Que amar vem de dentro. Se você está disposto a amar, o amor te encontra nos lugares menos esperados. 

21/05/2012

Engraçado...

        Tem gente que entra na nossa vida sem hora e sem razão. Sem ao menos perguntar se poderia. Eles não apresentam a ID, esqueceram o passaporte, não tem visto. Infelizmente, não conseguimos mandá-los embora, dizer para voltar de onde vieram ou para seguir viagem. É difícil definir qual a ligação que temos com essas pessoas porque é instantâneo; acontece.
         No entanto, assim como surgem, desaparecem. Na mesma velocidade, sem tempo para despedidas ou adaptação. Eles deixam você lidar com a situação sem palavras de apoio. Tão necessários e tão inconstantes; espíritos livres são difíceis de prender. E mesmo que você os tenha, eles nunca estarão por inteiro. São como pássaros: pousam, mas foram feitos para voar.

Enfim...

Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo..." - Raposa.
As pessoas mudam. Eu mudei, eles mudaram. Mas, nesse momento, eu te odeio por mudar também.

09/05/2012

Rio abaixo...

A raiva só aumenta. São milhões de sentimentos há muito resguardados. Porém, não existe nada que os faça parar de crescer. Eles querem liberdade e assim a procuram. Como quem cava um túnel, eles tentam abrir espaço entre todo aquele emaranhado de coisas que não fazem mais sentido, não se sabe de onde vieram, nem porque continuam ali. 

Nessa hora, ela dá-se conta do que está acontecendo, mas é tarde demais para lutar contra aquela explosão de emoções. Ela tenta, em um momento de desespero, fazer com que nada transpareça. Sua última alternativa. Infelizmente, não houve tempo o suficiente. Ela desaba sobre os joelhos e chora. Até formar um rio. 

Um trovão ecoa de sua garganta. Ninguém precisa perguntar, todos sabem o que vem a seguir: a raiva. A fúria que faz com que o rio se transforme em onda e essa, por sua vez, afasta qualquer chance de proximidade. Todos assistem à cena de longe. 

Por fim, a serenidade reina. As lágrimas cessam. Não há mais contra quem, ou o que, lutar. Todos os motivos de tantos anos de privação de sentimentos foram embora junto com a enxurrada. Resta apenas o melhor dos sentimentos: a felicidade. Sem definição, sem razão, sem prazo. Ela se estende como um manto e a protege de todo o mal. Pelo menos, naquele instante, ela não sente dor, nem solidão. 

Ela senta, ergue a cabeça e sorri. Percebe que existem muitas razões pelas quais vale a pena continuar lutando. Enquanto o resto se desfaz em pó.

03/05/2012

Ela cansou de tantas desventuras: queria e podia muito mais. Não se despediu, preferia não dizer adeus. Procurava um novo horizonte, mas descobriu que esse era o mesmo independente do lugar: uma linha que cruzava o céu, outra linha que cruzava o mar. Descobriu, muito tarde para retroceder, que não importava aonde fosse, mas sim quem com ela estava. Quis voltar, fechou os olhos uma última vez e pôs-se a acordar.

01/05/2012

17/04/2012

A vida, como todos sabem, é feita de escolhas. Estas têm o poder de determinar um instante ou toda uma vida. Não que um não vá influenciar no outro. O que eu quero dizer é: nós podemos nos arrepender de ter escolhido, só não podemos viver chorando pelos cantos. Eu decidi. Hoje, acho que decidi errado. Não tenho mais como voltar atrás, mas também não posso parar. Parar de sorrir, parar de amar, parar de ser feliz. Vou seguir em frente, ainda existem muitas razões para me sentir bem e muitos motivos pelos quais vale a pena continuar.

05/04/2012

Tópicos Ofensores

        Você pensa em um tópico, quase comenta no Twitter, mas lembra que meio mundo ia se sentir ofendido com tal comentário. Infelizmente, ele continua na sua cabeça e você remói ele até cansar e surgir outro tópico mais interessante, mas que também vai ofender meio mundo. É um ciclo de tópicos ofensores!!!

01/04/2012

Medo de arriscar?

        O medo de perder, às vezes, é tão grande que chega a ser superior à vontade de arriscar. Por isso, as pessoas deixam de tentar. Algumas, não todas. É difícil tu ires lá, apostar todas as moedinhas que tu tens e não dar em nada. Diferente das ocasiões em que tudo indica que vai dar certo e a vontade de se jogar é imensa. Deveria ser sempre assim. Ser precavido é bom. Pode ser bom, se tu não deixares que isso ganhe dimensões desproporcionais e acabe atrapalhando tua vida. Este não é o meu primeiro texto sobre riscos, ter iniciativa e jogar-se. Nem será o último. Esse assunto me intriga bastante e sempre tem muita coisa para acrescentar e retirar e debater. Enfim, se quiser fazer alguma coisa, minha dica é pensar. Pense, mas não muito a ponto de desistir por medo.

29/03/2012

Triste história...


        Você quer saber a verdade? Eu te conto a verdade. Todas as noites, antes de dormir, ela chora. Não são lágrimas de dor, são de frustração. Ela não queria palavras bonitas, muito menos sorrisos. Queria companhia, uma mão amiga. Ela alimentou tanto seus próprios devaneios. Quando abriu os olhos, viu que tudo não passara de um sonho. Todos os dias, quando te via, não esperava grandes demonstrações de afeto, só um singelo gesto de afeição, um “oi” que fosse. Durante o dia, um lindo sorriso estampado no rosto, durante a noite, olhos vermelhos e semblante inchado e manchado de rímel. "Quem se importa? Ninguém precisa saber.", pensa a doce menina. Mal sabe ela que há tanto para ser visto e vivido, mas, às vezes, é impossível não criar expectativas. Um dia, ela vai cansar de fingir e irá buscar a felicidade. Só resta desejar boa sorte, o tempo se encarregará do resto.

Não somos mais pessoas, somos torcedores.


        Gritamos a vitória. Choramos as derrotas. Em questão de segundos, vamos à loucura. Uns fecham os olhos por medo, outros mantém os olhos abertos e atentos a todos os movimentos. Somos um tanto insensatos. No momento de glória, não pensamos nos derrotados, estes pouco nos importam. Cantamos até que a voz se vá. Perdemos a pouca noção que temos. Que importa o fato de nunca termos visto a pessoa ao nosso lado? Abraçamos o estranho. Afinal, comemoramos a mesma coisa. Pulamos até as pernas não agüentarem mais. Insultamos o juiz, o técnico, o bandeirinha, Deus e todo mundo. O jogador é incompetente, mas se faz um gol: "Salve glória, é nosso rei!". O técnico foi eleito o melhor do ano, mas perdeu o campeonato, não passa de um inútil. As pessoas são descartáveis e são os torcedores os culpados. Mesmo assim, um time não vive sozinho. Nós, torcedores, somos responsáveis por eles irem além, por eles serem um time, por eles serem o time. Definição para torcedor? Garra, paixão, loucura. Somos todos e tudo quando se trata do nosso time. Estamos lá para amar e apoiar, isso é torcer.

        “Até a pé nós iremos, para o que der e vier, mas o certo é que nós estaremos com o Grêmio onde o Grêmio estiver. “

Entre Rampas e Desfiladeiros

A vida é bem parecida com a prática de andar de skate. Tu tens que te acostumar com o fato de que existe a possibilidade de cair e de te machucar. Agora, nem por isso, tu vais desistir. Ninguém gosta de arranhões, ralados e ossos quebrados. Na vida, muitas vezes a gente cai, mas tu não podes ficar jogada no chão pra sempre. Tu vais ter que levantar um dia e seguir em frente. Pode estar doendo agora, mas vai passar. Machucados viram cicatrizes. Entenda por cicatrizes não só aquelas marcas que ficam na pele, mas também a carga psicológica que esse termo trás consigo. Tem gente que aprende a andar de skate tri rápido. Algumas pessoas são sortudas o bastante para caírem poucas vezes, outras, no entando, vivem caindo. Independentemente de quantas vezes você caia, por favor, levante. Tem um mundo gigante la fora, cheio de rampas de skate, esperando por você. Não tenha medo, do chão, ninguém passa.

23/02/2012

   Sabe qual a bosta em ter um blog? Você acaba pensando muito nos leitores, mesmo que você não tenha quase nenhum. Aquela história de expor tudo que você pensa, balela. Ninguém fala tudo o que pensa em um blog. As pessoas tem medo de se agredirem verbalmente, de ferirem o sentimento alheio. Legal, também tenho medo, não estamos sozinhos. 
   Sempre quis escrever um texto assim, mais original. Original como? Minhas opiniões, minhas palavras, meu jeito de pensar. Agora, ninguém vai se prestar a ler. Ninguém nunca leu. Eu curto gente que faz um blog e tenta expor sua alma nele. Bacana pra caramba! Infelizmente, não é minha parada. Não sou boa nisso e acaba saindo esse monte de palavras estranhas que nem formam uma frase direito: bacana, caramba, bosta.
   Tinha um parágrafo, estava mais pra frase, que eu queria dividir com o mundo, queria mesmo. Era como eu estava me sentido na hora, agora já passou. Escrevi, postei, voltei atrás e deletei. Não sei se por medo, talvez seja só aquela sensação de que não importa. Só eu entendo como eu estava me sentindo naquela hora. Talvez, se eu tentasse expor por meio de uma personagem, fizesse muito mais sentido. Só que estou cansada. Essa história de máscaras e personagens também cansa.
   Agora, foda-se. Por sinal, meu tio ia odiar ler tudo o que eu escrevi agora. Admiro muito meu tio, ótimo jornalista. Escreve muito bem. Ele ia achar uma bosta tudo isso aqui. Ia perguntar se, na faculdade, temos a disciplina de Língua Portuguesa e ia mandar eu aprender a escrever um texto decente.
   Viu? Aqui estou eu, me preocupando com o que os leitores vão pensar. Cansei. Beijos.

17/02/2012

Desisto.

Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto. Desisto.


Desisto.

14/02/2012

Postar fotos na internet...

Eu estava atualizando um álbum no Facebook e, de repente, me surgiu uma dúvida: "Por que eu posto fotos no meu face?". Diante de tal questionamento, comecei a pensar em possíveis razões. Não achei resposta, talvez opções, mas nada firme, seguro. Talvez, seja por uma necessidade de dividir momentos bons que eu passei. Talvez, seja por uma questão de vaidade. Talvez, talvez, talvez... Queria saber de onde vem isso, essa vontade de se mostrar, se fazer presente. Sentimentos estranhos, sem nome. Prefiro pensar que a primeira das opções é a real, mas, no fundo, sei que vai além, bem além, disso.

12/02/2012

Vim aqui pra falar de um assunto e já mudei de ideia. Sempre que entro aqui pra postar, eu fico pensando sobre o nome do blog... Bee... Parece tão infantil. Então lembro de quando descobri que o significado de "bee" ia além de uma simples abelha. Não sabia disso quando comecei a escrever no blog, quando escolhi o nome. Hoje sei e gosto, por isso, mesmo parecendo infantil, não vou mudar o nome. É a típica história: parecia que não ia dar certo e, no fim, se tornou perfeito de forma imperfeita.

18/01/2012

Quantas árvores ainda vão cair, quantas espécies ainda serão extintas, antes que o homem se de conta do mal que está fazendo a si mesmo?

15/01/2012

Sempre estou procurando motivos para começar a escrever uma nova história. Então eu penso em mil nomes para personagens, os imagino na minha cabeça e me deparo com um problema: não tenho nenhuma ideia de história. Simples e complicado, um paradoxo. Simples, porque é só eu criar uma história. Complicado, como eu as crio, elas nunca duram muito tempo e eu acabo me cansando. Talvez, o que eu queira mesmo é contar alguma coisa real.
Qual a graça de inventar uma história clichê? Talvez se eu tivesse uma ideia original e extraordinária, eu escreveria. Só não quero falar sobre assuntos que já deram o que tinham que dar. Quero fugir do comum. O jeito é continuar esperando e tentando, um dia eu chego lá. 

14/01/2012

Eu já li várias histórias, talvez não do tipo que se deva ler quando se quer escrever uma. Pensando bem, acho que não tem disso, elas também deveriam ser consideradas, tanto quanto as outras. Por trás de todas elas, tem alguém com vontade de transmitir alguma coisa para o mundo. Seja qual for o conteúdo. As pessoas tentam fazer você ler só “clássicos”, como se fossem as únicas histórias que valem a pena ser lidas. Então, você descobre um livro como “Vidas Sem Rumo” ou “The Outsiders” (título original) e você pensa: se eu lesse só clássicos, nunca teria descoberto esse livro; se todos lessem só clássicos a Susan não teria tido a oportunidade de escrever esse livro e muita gente não ia ter a chance de lê-lo. Posso não entender de literatura, não muito, mas eu leio e gosto de ler. Clássicos são legais, mas eles fogem da nossa realidade, são de outra época. A vida hoje é muito diferente daquela que se vivia em 1890. Gosto mais dos textos atuais, e aqui incluo não só os de 2000 para cá, mas aqueles da década de 50, esse livro que citei antes é de 1967. Já se passaram 45 anos (Sim, consegui fazer esse cálculo de cabeça!). É muito tempo, mas a vida dos garotos do livro em muito se assemelha a vida de muitos garotos de hoje em dia e isso nos trás para a realidade.
Acredito que clássicos e contemporâneos se complementam. Não adianta criticar os livros e produções de hoje. Tem muita coisa que ainda vale à pena ler. Tem muito livro que só fala bobagem. Mesmo assim, gosto é gosto... Talvez alguém curta ler esses livros que, a primeira vista, parecem vazios, mas até eles ensinam alguma coisa. O importante é ler. Eu não desmereço livro nenhum, mas prefiro aqueles que se enquadrem mais ao meu gosto.