28/09/2012

Como é fácil te amar.

Os que vivem
Em meio ao caos
Dos Sentimentos,
A paixão,
Pouco entendem
Como é difícil
Demonstrar
Sem compreensão.
Um frase,
Escrita ou dita,
Pouco importa,
Não reparastes...
O que queria,
De fato, era
Que me ouvistes
E me amastes.
Tua desatenção
Gerou incertezas
E creio que não haja
O que possa ser dito
Para reparar
Todos os momentos
Tudo aquilo
O que foi sentido.
Seria bom
Se pudesse ouvir
Da tua boca
Que quer se redimir
Pelo tempo desperdiçado,
O silêncio que desagrado,
Um dizer indelicado,
O carinho desprezado.
É de contos
De histórias,
É de sonhos
Que vou vivendo.
Só queria poder contar
Quantas chances
Deixei passar
E perdi de te falar
Como é fácil te amar.

18/09/2012

The last one...

Ela não tinha muito mais o que falar. Queria só se livrar do que tanto a atormentava. Resolveu escrever uma carta. Algo como:

"Quando eu disse que não queria perder tua amizade, mal sabia eu que já não a tinha mais.
Quando disse que confiavas em mim, já não havia veracidades nas tuas palavras.
No nosso pacto, quando dissemos que tudo ia ser igual, nossos olhos já demonstravam o contrário. Desde aquele dia, se encontram com pesar.
Lamento, mas está em mim esta mania de sorrir e não tenho mais tempo, nem lágrimas, para chorar.
Ao menos, sei que tentei."

Ela enviou a carta no mesmo dia. Nunca obteve resposta. Não sabe se foi demais para ele ou se a carta foi extraviada. De qualquer forma, ela aprendeu a sorrir novamente. É como andar de bicicleta, a gente nunca esquece. 

12/09/2012

Já não há mais espaço para mim na sua vida.

Já não há mais espaço para mim na sua vida. Só por pura contradição, por mania, vou usar o talvez. Talvez, não haja mais espaço para você na minha vida. Apesar de lutar contra esse pensamento, talvez seja hora. Hora de dizer adeus e pegar a estrada. Sabe? Seguir em frente. Foi muito bom conhecer você, mas a estrada me chama. Tem tanto para ver, para conhecer. Não posso me dar ao luxo de ficar por mais tempo. Um beijo de despedida e um abraço. Espero ter feito você feliz no pouco tempo que tivemos. Olha! Ao longe, vem o trem. Dizem que quem embarca jamais volta, pois ele tem somente um rumo: o fim.

01/09/2012

Tem dias que a lua não está para os solteiros...

Já era noite quando ela resolveu olhar para o céu. Tinha sido um dia um tanto quanto agitado para um Sábado. Entre almoço em família, treino e filme com os amigos. Quando conseguiu descansar, deitou-se na rede e foi então que a viu. Ela estava lá, brilhante como sempre, mas dessa vez cheia. Cheia de vida, cheia de brilho, cheia de esperança. Pensou em como gostaria de dividir aquele momento, mas não pensou em alguém em especial. Ela queria um colo para aninhar-se, uma mão para segurar. A lua ainda estava lá. E, por um instante, pensou em como ela era solitária. Talvez não, talvez o sol a fizesse companhia. Eram tão distantes, não parecia possível. Voltou a pensar em si. Ali, sozinha. Elas eram cúmplices. O gato pulou para a rede e se aninhou na barriga dela. Não era o que queria, mas já era alguma coisa. Com a lua e o gato, sentiu-se menos solitária. Fechou os olhos e adormeceu. Naquela noite, sob a luz da lua, sonhou que havia encontrado aquele alguém antes mencionado. Alguém que ficou com ela até o sol nascer e ela despertar.