23/02/2012

   Sabe qual a bosta em ter um blog? Você acaba pensando muito nos leitores, mesmo que você não tenha quase nenhum. Aquela história de expor tudo que você pensa, balela. Ninguém fala tudo o que pensa em um blog. As pessoas tem medo de se agredirem verbalmente, de ferirem o sentimento alheio. Legal, também tenho medo, não estamos sozinhos. 
   Sempre quis escrever um texto assim, mais original. Original como? Minhas opiniões, minhas palavras, meu jeito de pensar. Agora, ninguém vai se prestar a ler. Ninguém nunca leu. Eu curto gente que faz um blog e tenta expor sua alma nele. Bacana pra caramba! Infelizmente, não é minha parada. Não sou boa nisso e acaba saindo esse monte de palavras estranhas que nem formam uma frase direito: bacana, caramba, bosta.
   Tinha um parágrafo, estava mais pra frase, que eu queria dividir com o mundo, queria mesmo. Era como eu estava me sentido na hora, agora já passou. Escrevi, postei, voltei atrás e deletei. Não sei se por medo, talvez seja só aquela sensação de que não importa. Só eu entendo como eu estava me sentindo naquela hora. Talvez, se eu tentasse expor por meio de uma personagem, fizesse muito mais sentido. Só que estou cansada. Essa história de máscaras e personagens também cansa.
   Agora, foda-se. Por sinal, meu tio ia odiar ler tudo o que eu escrevi agora. Admiro muito meu tio, ótimo jornalista. Escreve muito bem. Ele ia achar uma bosta tudo isso aqui. Ia perguntar se, na faculdade, temos a disciplina de Língua Portuguesa e ia mandar eu aprender a escrever um texto decente.
   Viu? Aqui estou eu, me preocupando com o que os leitores vão pensar. Cansei. Beijos.

2 comentários:

  1. Como vês, quando se escreve, não importa se temos ou não um leitor, ou vários, mas estamos sempre escrevendo para um "outro". É porque precisamos "comunicar". Afinal, a palavra não está na fundação da humanidade? Existe a grande escrita, a dos grandes romancistas, os inventores da arte, e existe a escrita que precisa ser feita diariamente, para servir a pessoas. Todos, grandes artistas ou profissionais da palavra, têm pudor, não se revelam em público, revelam o mundo e os outros. A gente não faz confissões em público, não é mesmo? As confissões não são sempre encerradas, no confessionário? Quando mundo, o teor dessas confissões serve para dar tinturas a alguns personagens. Pense em personagens quando escrever. Faça esses personagens ganharem vida. Quanto ao português.... Vou te dizer uma coisa: nenhuma faculdade, nunca, ensinou ninguém a escrever bem. Mas, há uma conselho muito útil, que me foi dado quando entrei em uma redação de jornal pela primeira vez: ganhei uma gramática portuguesa e a recomendação expressa de que estudasse tudo que ela continha no prazo de uma semana, para poder começar a trabalhar (vale dizer, a escrever). E..... engraçado..... anos depois, eu ainda escrevia algumas coisas erradas. Por exemplo, escrevia "propia". Um absurdo, até um editor me mostrar o dicionário. Fiquei muito envergonhado. E tinha a mania de escrever "enquanto que", até que outro colega me disse, quase gritando, na redação: "ô Vitor, 'enquanto que' é a puta que pariu". Nunca mais escrevi este barbarismo. E.... sempre e sempre, para se escrever bem, é preciso se ler muito, e do que existir e melhor. Beijo

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  2. Se não estás satisfeita com teu blog, exclui. Mas saiba, minha amiga, que eu muito lamentaria tal ato. És uma menina cheia de ideias incríveis, com um potencial enorme, mas talvez com uma ponta de preguiça. Não sei, posso estar errada, porém, vejo que quando queres, te empenhas e sai tudo maravilhoso. Uma dose de querer na mesa cinco, por favor! É disso que precisas se desejas "escrever um texto assim, mais original". Ninguém nasce sabendo e talento é uma palavra muito bonita, mas esconde um esforço tremendo. Se Mozart não tivesse se empenhado a aprender e praticar, acha que o talento seria válido? Uma coisa puxa a outra e espero que meu comentário puxe uma bela crítica tua. Argumenta comigo e só então concordarei que excluas o blog ou deixe de postar.

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Críticas sempre são bem vindas.