11/09/2013

Contratos Sociais

A vida é cheia de regras. Regras criadas há séculos, quando a forma de viver era completamente diferente do modo como se vive hoje. Nos relacionamentos, é assim também. Hoje em dia é normal para muita gente ir para a casa de outra pessoa sem nem ao menos ter trocado mais de vinte frases. Ok, sem julgamentos. Só não façam disso uma regra. Não transformem encontros em contratos sociais. É um apelo a toda sociedade, que criou uma nova regra: sair com a pessoa antes de transar é namoro, é romance, "Vamos nos casar?". Antigamente, conforme as regras, era assim, sair era quase assumir namoro. Outras épocas. Séculos atrás. Hoje em dia, sair é só mais uma forma de avaliar. Avaliar se vale a pena, avaliar de rola mesmo sintonia, se existe química. Sair não é o bicho papão. A guria não vai amarrar ninguém. E, se o cara se sentir amarrado, interpretou errado, ou - de fato - ela tenha sentido que vale a pena investir e não teve medo de transmitir isso. Não fujam que nem uns maricas de qualquer tentativa de aproximação. Todos já sofreram por isso alguma vez na vida. É normal, são as tais regras. Infelizmente, quebrar barreiras, para criar outras, não é ganho, é perda. A sociedade perdeu um pouco de romance sim, mas não romance do tipo "dar as mãos" e, sim, de olhar nos olhos, de sentir na pele. Prazer por prazer, todos querem, mas não precisa ser frio, mas não precisa se tornar um contrato social. Sem extremismos, só um pouco mais de cautela. Mulheres e homem nunca vão agir da mesma forma, simplesmente, por serem diferentes. Igualdade não significa mesclar gêneros, não significa ser menos mulher, mais homem, menos homem, mais mulher. Igualdade é respeitar o outro, seus princípios, seu jeito, sua velocidade. Ceder um pouco, não significa perder a batalha. Barzinho não é romance. Sushi não é namoro. Sexo é natural, não marquem data e hora pra isso.

Um comentário:

  1. "Barzinho não é romance. Sushi não é namoro. Sexo é natural, não marquem data e hora pra isso."

    Genial.

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