14/04/2013

A Sociedade

"Faça isso."; "Não faça assim."; "Pode falar."; "É melhor ficar calado."; "Vai, se joga."; "É melhor esperar um tempo."; "Quantos dias?"; "Ah, não sei.... espera até que a pessoa faça primeiro.". Regras, regras e mais regras. Quem inventou todas elas? Temos mesmo que obedecer todas elas? São tantas. Ninguém se importa realmente com o sentimento, só se estiver de acordo com as regras. Ele não vai gostar dela, não se ela for procurar por ele. Ela não vai gostar dele, muito isso ou aquilo. Não podemos chegar neles. Eles não podem chegar chegando. Ela procura alguém que seja aprovado. Ele procura alguém que siga regras. Eles procuram pessoas, mas não sabem o que eles procuram nelas. Paixão é impulsiva, mas só funciona se refrearmos todos os impulsos; silenciar, mesmo que a vontade seja falar; ficar, mesmo que a vontade seja ir; neutralizar, mesmo que a vontade seja sorrir. Nada de inércia, nada de nada. Somos repreendidos, basta pisar na linha. Cada um deve obedecer os limites impostos. Ninguém pode fugir, burlar o sistema, ser livre. Não, amar deixou de ser algo que liberta. Não somos o que queremos, somos aquilo que querem que sejamos. Somos eles, não nós. São as regras deles, não as nossas. São eles os felizes. A nossa felicidade pouco importa. Siga as regras, só assim eles nos deixarão sorrir.

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