28/03/2013

Poluição

O mundo anda poluído. De lixo, sim. Mas não é desse tipo de poluição que esse texto se trata. As pessoas apodrecem cada vez mais, na procura pelo luxo, produzem diversos tipos de lixo. O pior deles é o que polui a alma, a mente. Mentes poluídas por todo lado: vulgaridade. Sinto falta da simplicidade de um olhar, da inocência do mais puro dos sentimentos: o amor. Sinto falta das paixões avassaladoras, das serenatas de amor, das varandas repletas de meninas sonhadoras, encantadas com a lua e com a imensidão do mundo. Sinto falta dos dias em que as pessoas se cumprimentavam nas ruas, da cumplicidade, da troca entre as pessoas. Eram bons os dias em que os netos sentavam com os avós para assistir televisão, ler um livro, compartilhar histórias. Eram lindos e inesquecíveis, os dias em que segurar a mão de alguém era algo tão íntimo, que nada poderia explicar a sensação de andar juntos, como extensão um do outro. E, principalmente, eram lindos os dias em que um sorriso podia iluminar o dia de alguém, fazer a diferença, mostrar que ainda tem gente que se importa e sente e luta desesperadamente por dias melhores. Sorrisos que dizem muito, mas calam. Devemos continuar lutando por um mundo despoluído, desprovido de más intenções, onde as pessoas são livres para acreditar. Acreditar que existe esperança, que o sol ainda vai brilhar por de trás das nuvens grossas que não nos permitem ver.

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