tempo e silêncio
a angústia da espera
o desprazer do conhecimento
de todo o desespero
que de tão sozinho
tornou-se um templo
lá, onde ela reina
onde jamais outra irá entrar
ouve-se ao longe as batidas
são os tambores a rufar
não, não se enganem
esse som tem outro nome
e o ritmo é paciente
como uma engrenagem
que sozinha continua
segue ao longe o relógio
o tempo passa e eles junto
mas, um dia, enferruja
sozinho, não resta nada
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