Não se sabe se era amor, ódio ou indiferença. Soava como tortura, fosse a forma que tivesse. Nada era claro, apesar de incolor. Talvez fosse isso, a falta de tons. Perdida nesse mundo inóspito, não tinha lugar que a fizesse ficar. Percorria ruas escuras, becos fétidos e avenidas repletas de letreiros néon. Se um dia a tivessem amado, talvez soubesse distinguir a dor. Mesmo assim, soava como tortura, soava como algo nunca correspondido. Não se sabe, mas devia ser amor.
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