29/12/2010

Sinceramente? 
          Eu não acho que um dia você vá entender...
                    Nem acho que vá tentar... 
                              Sabe!? Tentar entender.



28/12/2010

Às vezes, eu tenho essa vontade louca de sair escrevendo, criando histórias. Às vezes, tenho a sensação de que é mais fácil assim.. Sabe? Vivendo através dos personagens. Inventar situações, criar amores e saber que, independentemente de qual for o fim, ele vai existir para sempre. Queria eu poder sair viajando como nos filmes; ter uma trilha sonora; encontrar o amor da minha vida; andar em um conversível, cantando alto uma música e ter a sensação de que aquele momento vai ser registrado por uma câmera e que eu vou poder revê-lo quantas vez quiser. Mas as coisas não funcionam assim. Na vida, a gente se depara com muito mais do que um ou dois problemas, como nos filmes. Muitas vezes não os superamos, não como nos filmes. A gente demora para se dar conta das nossas "burradas", não entendemos em velocidade "master" quais são as lições que podemos extrair de determinadas situações. A gente chora muito mais, ama muito mais, ri muito mais, a gente tem mais tempo para nos darmos conta das coisas, temos mais tempo para realizar tudo e para entendermos que as coisas não podem e nunca vão poder ser como nos filmes, porque eles duram muito pouco se comparado às nossas vidas. Cinema é bom, assistir a um filme em casa é bom, livros são bons, personagens são bons, séries também são boas, mas além de muitas vezes serem muitos fantasiosos, não podem - nunca - serem comparados a vida real, porque a emoção de sentir na pele... Ah! essa não se vê no cinema, não se vê em lugar nenhum, só se vê... Sentindo.
"Eu quero crer
No amor numa boa
Que isso valha
Pra qualquer pessoa
Que realizar, a força
Que tem uma paixão...

(...)
Hoje o tempo voa amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
Não há tempo
Que volte amor
Vamos viver tudo
Que há pra viver
Vamos nos permitir..."

Tempos Modernos - Lulu Santos

27/12/2010

"Um dia a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos... Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim... do companheirismo vivido... Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre... Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida, talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nos e-mails trocados... Podemos nos telefonar... conversar algumas bobagens. Aí os dias vão passar... meses... anos... até este contato tornar-se cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo... Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão: Quem são aquelas pessoas? Diremos que eram nossos amigos. E... isso vai doer tanto! Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida! A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente... Quando o nosso grupo estiver incompleto... nos reuniremos para um último adeus de um amigo. E entre lágrima nos abraçaremos... Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado... E nos perderemos no tempo... Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades... Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores... mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos." -Vinícius de Moraes

25/12/2010

Não importa o quanto você tente, algumas coisas nunca vão funcionar da maneira que você quer, mas não fique triste por isso. Não, não mesmo. Afinal, a culpa não é sua, nem de ninguém. As coisas acontecem como tem que acontecer. Isso não significa que você deve deixar que as coisas venham até você, não! Você tem que ir atrás delas, batalhar por elas e consegui-las, mas tem que entender que talvez não dê certo, talvez não seja para ser assim, talvez... Talvez outras coisas tenham que acontecer antes, porque o fim... Bom, quem sabe sobre o fim?  A gente tem que pensar é mais no agora, não digo que devemos esquecer-nos do passado, ou nunca pensar no futuro, mas se concentrar mais no momento. E... Se as coisas não estiverem funcionando como o planejado, bem... Tente planejar menos. Surpreenda-se. Surpreender-se pode ser surpreendentemente bom. HAHA (:
Come up to meet you, tell you I'm sorry
You don't know how lovely you are
I had to find you, tell you I need you
And tell you I set you apart
Tell me your secrets, And ask me your questions
Oh let's go back to the start

Running in circles, Coming in tails
Heads on a science apart

(the scientist - coldplay)
people change..
"Nunca diga adeus, porque dizer adeus significa ter que ir embora, e ir embora significa esquecer." (Peter Pan)

24/12/2010

i wish you an air conditioning
i wish you an air conditioning
i wiiiiish you an air conditioning
and a very cold xmas

MERRY XMAS PPL!

23/12/2010

Eu estava com saudade desse sentimento estranho, essa vontade de escrever e não ter o que falar exatamente. Gosto dessa angústia, ela me obriga a falar. A sensação que tenho é a de que se não dividir com o mundo agora, ficarei eternamente muda, presa em um silêncio tão meu que nem mesmo eu saberia como me libertar.

22/12/2010

Chico Buarque

"Me leve um pouco com você; Eu gosto de qualquer lugar; A gente pode se entender; E não saber o que falar"

19/12/2010

Fato #1

Às vezes, eu acho que se perde muito tempo querendo coisas, e, no fim, tu realiza quase que porra nenhuma. Isso é uma merda!

12/12/2010

O que mais você quer?

Era uma festa familiar destas que reúnem tios, primos, avós e alguns agregados ocasionais que ninguém conhece direito, e que por isso mesmo são aqueles com quem a gente logo se entende. Jogada no sofá, uma prima não estava lá muito sociável, a cara era de enterro. Quieta olhava para a parede como se ali fosse encontrar a resposta para a pergunta que certamente martelava em sua cabeça: o que estou fazendo aqui? De soslaio, flagrei a mãe dela também observando a cena, inconsolável, ao mesmo tempo em que comentava com uma tia: “Olha para essa menina. Sempre com esta cara. Nunca está feliz. Tem emprego, marido e filhos. O que ela pode querer mais?
Nada é tão comum quanto resumirmos a vida de outra pessoa e achar que ela não pode querer mais. Fulana é linda, jovem e tem um corpaço, o que mais ela quer ? Sicrana ganha rios de dinheiro é valorizada no trabalho e vive viajando, o que é que lhe falta? É quase um pecado confessar: sim, quero mais.
Quero não ter condescendência com o tédio, não ser forçada a aceitá-lo na minha rotina como um inquilino inevitável. A cada manhã exijo ao menos a expectativa de uma surpresa, quer ela aconteça ou não. Expectativa, por si só, já é um entusiasmo.
Quero uma primeira vez outra vez. Um primeiro beijo em alguém que ainda não conheço, uma primeira caminhada por uma nova cidade, uma primeira estréia em algo que nunca fiz, quero seguir desfazendo as virgindades que ainda carrego, quero ter sensações inéditas até o fim dos meus dias.
Quero ventilação, não morrer um pouquinho a cada dia sufocada em obrigações e exigências de ser a melhor mãe do mundo, a melhor esposa do mundo, a melhor qualquer coisa.
Gostaria de me reconciliar com meus defeitos e fraquezas, arejar minha biografia, deixar que vazem algumas idéias minhas que não são muito abençoáveis.
Queria não me sentir tão responsável sobre o que acontece ao meu redor. Compreender e aceitar que não tenho controle nenhum sobre as emoções dos outros, sobre suas escolhas, sobre as coisas que dão errado e também sobre as coisas que dão certo. Me permitir ser um pouco insignificante.
E na minha insignificância, poder acordar um dia mais tarde sem dar explicação, conversar com estranhos, me divertir fazendo coisas que nunca imaginei, deixar de ser tão misteriosa para mim mesma, me conectar com as minhas outras possibilidades de existir.
O que eu quero mais? Me escutar e obedecer meu lado mais transgressor, menos comportadinho, menos refém de reuniões familiares, maridos, filhos e bolos de aniversário e despertadores na segunda-feira de manhã.
E quero mais tempo livre. E mais abraços. E receber mais flores.
Pois é, ninguém está satisfeito. Ainda bem.
Escrito por Martha Medeiros e publicado no Jornal O Globo em 28/05/06

07/12/2010

O fim? Não! Ainda não. Mais tantos anos de estudo nos aguardam, para alguns, estudar vai ser uma constante, depende da sua profissão, mas não é desse fim que estou falando. O fim ao qual me refiro é aquele outro fim, o fim daquele primeiro dia de aula do colégio, o fim daquelas fofocas super show sobre o verão, o fim de toda uma história, o fim de algumas amizades. Veja bem, algumas amizades, não todas. O colégio marca a nossa vida. São 11 anos de .. bem, cada um sabe o que viveu nesses 11 anos de colégio. Uns diriam: "curtição! 11 anos de curtição"; outros: "os melhores 11 anos da minha vida"; tem outro que diriam: "graças a deus acabou essa @!(¨# !"; acontece. Não sei dizer em que parte, em qual momento me apeguei a isso. Me refiro ao colégio. Nunca fui muito fã de estudar ou coisas do tipo, mas eu gosto disso. Gosto do jeito como parece nunca ter fim, como os professores podem ser bizarros, gosto de encontrar meus amigos, gosto de sentar no chão e pensar: "nossa, não conheço mais nem metade desse povo!". O colégio é assim... especial de um jeito estranho. E, mesmo que você diga agora que nunca vai sentir falta disso, você vai! A gente nunca esquece coisas como isso, são 11 anos! 11! Pelo amor de Deus, se você consegue esquecer 11 anos da sua vida, beijo beijo para ti.