27/10/2010

Amor, amores, amar.

É possível amar mais de uma pessoa? Digo, em um relacionamento? Sinceramente, acredito que sim, que alguém pode amar duas pessoas, até mesmo com a mesma intensidade. Não acredito que isso ocorra com frequência porém. Para mim, as pessoas confundem muito as definições de paixão e amor. Você pode ser apaixonado por uma pessoas e não amá-la. A paixão é incandescente, diferente do amor, que é permanente, seguro. Quando pergunto às pessoas sobre um ex-namorado e essa pessoa diz: "Eu já o esqueci", isso me faz concluir que não havia amor nessa relação, apenas paixão. O amor de verdade não se esquece, ele não vai embora. O amor é como as grandes mudanças da nossa vida, elas acontecem, mas, nem por isso, esquecemos o nosso passado. Estar apaixonado é um estado de espírito; é como sentir-se feliz ou triste. Já amar, amar é fazer parte de um sentimento muito maior. Não estou dizendo que você amou todas as pessoas das quais se lembra, mas que é possível amar a mais de uma pessoa - amorosamente falando. Afinal, duas pessoas, quanto mais diferentes uma da outra, mais incomparáveis se tornam, e, por isso, algumas vezes, acabamos perdidos, sem ter um parâmetro de comparação entre elas, não um real, porque você pode gostar do jeito de uma tanto quando o jeito da outra. Claro, não estou dizendo que apoio a bigamia ou a traíção, mas é possível estar casada e continuar amando aquele cara que, quando vocês estava no colegial, mexeu com a sua cabeça, isso não significa que você vá largar seu marido por uma lembrança, mas que você tem um grande carinho por aquele "carinha", que você amou ele e sempre vai amar, mas tendo em vista que ele faz parte do seu passado, um passado que você não quer esquecer. Acredito que paixão e amor tem uma ligação forte, mas que não podemos confundir as coisas. Acredito no amor e acredito em toda essa "baboseira" romântica. Clichês, fazer o quê? Não se sinta culpado por estar em dúvida sobre quem você realmente ama, muitas vezes, é apenas uma questão de tempo até você saber quem fará parte do seu passado e quem fará parte do presente e futuro. ;)

25/10/2010

what if i told you ..?

Independentemente do que saímos dizendo por aí, sempre há algo que queríamos falar e não conseguimos. No fundo, todos temos uma palavra pronta para ser gritada, mas que acaba sendo silenciada. Várias vezes me encontrei pensando em coisas que eu queria poder admitir, poder falar, poder perguntar, mas não foram muitas que passaram do imaginário para o real. Temos esse medo de compartilhar o que pensamos. Esse costume que nos afasta, nos impede de conhecer o outro completamente, que nos impede de nos conhecermos por completo. Devíamos temer aquilo que não é pronunciado. Temer as coisas que ficam em nossos pensamentos e que ninguém mais vai saber se não contarmos. Apesar de gostar do silêncio, de me acalmar, de me permitir pensar, gosto do som da voz. Quando me encontro em algum lugar estranho, que me dê calafrios, a primeira coisa pela qual peço é uma voz amiga, não tenho medo de admitir. Preciso ouvir que há alguém ali, alguém comigo. Falar não necessariamente exige esforço das cordas vocais, como todos sabem, muitos falam através de gestos, considero-os mais acalentados até. O gesto de dar a mão, o gesto de abraçar. Aqui e agora, faço um apelo: fale. Fale com as mãos, fale com a voz, fale através de gestos, através da dança, da música, da arte. Fale! O dom de apreciar o silêncio é uma dádiva, tão quanto o dom de falar. Encontre o equilíbrio, mas não se esqueça: assim como tememos falar, tememos o silêncio, não devíamos temer a nenhum dos dois, e sim os apreciar.

24/10/2010

WAIT! AND.. GO!

Como saber se é a decisão certa a tomar? Como saber o que vai acontecer? Simples, deixe ser. Fácil falar, difícil de aplicar. Quem nunca ficou horas tentando se visualizar no futuro? Acredito que horas não, mas da para fazer uma baita viagem quando se começa a pensar em como as coisas vão ser daqui a alguns anos. O que a gente não entende é que, se nos agrada a forma como nos imaginamos no futuro, bem, temos que correr atrás para conseguir, a menos que você tenha sonhado em ser vagabundo, de boa, vai fundo, não faz nada que tu consegue. Infelizmente, ou felizmente, não acredito que muita gente sonhe em ser vagabundo, do estilo: "Não faço nada, mas tenho grana". Planejar também não é uma coisa muito boa, não acho legal ter o futuro todo pronto em nossa cabeça, pelo fato de acabarmos criando muitas expectativas quanto as coisas que queremos. Admiro quem leva tudo numa boa, no estilo "o que vier é lucro, só quero ter uma vida boa, então, vou batalhar para isso". Sou total: "Meu Deus, daqui a tantos anos vou ser isso e aquilo", daí em cinco minutos eu realizo que não é bem assim e penso: "Ah, foda-se, só quero é ser feliz". Acabo sempre me esquecendo do que pensei e fazendo planos, mas é normal, assim como é normal quem não planeja. Normal? Quem sabe o que é normal? Na real, a gente deve fazer o que nos deixa feliz, se planejamentos te fazem bem, vai fundo. Prefiro tentar aplicar o não planejamento, me desaponto demais com as coisas quando planejo muito. 

17/10/2010

E quando você fala muito, mas não diz nada? Quando as coisas parecem não sair do mesmo lugar? Nada se encaixa. Como saber o que é errado, quando tudo parece tão errado? Pessoas vão, pessoas vem, mas você continua ali, esperando pelo impossível, pelo inesperado, por algo que nem você mesmo sabe mais o que é. Somos nós que mudamos o mundo, ou o mundo nos muda? Atos reflexivos, atos recíprocos. Você escolhe, mas sua escolha envolve outras pessoas, você já se deu conta disso? As perguntas calam, as perguntas provocam outras perguntas. Respostas... Precisamos de respostas, por quê? Sentir-se cansado é normal, sentir-se cansado sempre é sinal de que alguma coisa tem que mudar. Corra atrás. Conselhos, para que servem? É bom ajudar os outros, dizer o que tem de ser feito, mas você os aplica? Aconselhar-se. Ah! Se todos se ouvissem pelo menos uma vez, já seria uma grande feito. Ouvir, pensar, falar, gritar, calar-se. O silêncio... Ah! Se ficássemos em silêncio.. 

06/10/2010

A Chuva

Qual o motivo pelo qual a chuva aparece tanto em cenas românticas? Bem, criei minha teoria sobre isso... Ela se baseia totalmente em dias de verão. Sim, dias de verão. Imagine a cena: um dia pesado, quente, abafado. As pessoas andando, ou melhor, se arrastando pelas ruas. De repente, o céu ruge e cai aquela chuva tórrida, uma chuva da qual ninguém consegue escapar. Foi pensando nisso que entendi. A chuva dá essa sensação de libertação, você se sente meio impulsivo quando está correndo em busca de um lugar onde se esconder dela, esse é o motivo pelo qual ela aparece tanto nos filmes. Os personagens estão naquele vai não vai, naquela indecisão, sem saber o que fazer, então começa a chover e, misteriosamente, tudo parece claro, óbvio e as pessoas se perguntam: "Como pude não perceber isso antes?". Pronto, está feito. Você tem uma cena de filme. Por razões como essa, que as pessoas gostam das chuvas de verão e das cenas românticas. Sentir-se livre, leve e solto para dançar, cantar, correr, beijar na chuva ou para se dedicar ao amor, não esqueça do cenário - dias chuvosos combinam muito com atitudes impulsivas.

03/10/2010

vamos fugir pr'outro lugar, baby!

Fugir parece tão fácil, tão óbvio.
Fugir de tudo, do mundo.
Imagine: eu e você, nós dois,
em um lugar incrível, onde faz sol todos os dias.
Queria poder dizer,
queria poder gritar,
para todo mundo ouvir,
o quanto eu gostaria de fugir.
Não é de hoje, sempre tive essa sensação
de não pertencer a este lugar.
Acordei com essa ideia
de viajar pelo mundo,
conhecer novas pessoas,
criar novas expectativas,
ter novas perspectivas.
Mas, como todo conto de fadas,
a noite também termina.
Acordar não é o mais difícil.
o difícil é encarar a realidade.